Sunday, January 22, 2012

Sonhadora


         Ele virou as costas e saiu pela porta.
Ela ainda buscou forças ao perguntar “então é isso?”
Ele, sem olhar pra trás, responde “não existe outra forma!” e vai embora.
Ela imediatamente sucumbe e vai ao chão, em lágrimas, sussurros e gemidos de dor, vazio, perda, impotência. Ela vê a cena se repetindo, porém agora com maior intensidade. Com maior veracidade e dor, muita dor.
Os planos eram outros.  Era ter filhos, construir ou comprar uma casa maior, juntar os trapos além das inseparáveis escovas, que permanentemente se beijavam no banheiro. O plano era seguirem sempre juntos, não importava o que fosse acontecer. Ela estaria lá. Segurando as pontas. Proferindo uma palavra de esperança e sensatez. Buscando acalmá-lo nos momentos de maior angústia, a qual vinha o corroendo por dentro há tempos. O plano era viajarem juntos, curtirem férias juntos, rirem juntos, mesmo que fosse dos descasos da vida. O plano era banalizar a abertura de uma champanhe, era ter algum programa súbito, de pegar o carro, algumas mudas de roupa e irem à estrada em busca de algo diferente. O plano era terem filhos, que fosse mais parecido com um, mas que tivesse tal coisa de outro, e que fossem lindos como os dois o são. O plano, o plano era bem diferente daquele  déja vù, com ele saindo por aquela porta, com a mochila nas costas e nenhuma palavra a mais do que o intendido “é assim que tem que ser”.
Por quê? Por que tem que ser desse jeito? Com dor, vazio, sofrimento entre as partes? Por que é que as pessoas fraquejam a tal ponto de perderem o rumo daqueles planos que, por tanta intensidade, faziam os olhos brilharem. Aquilo se apaga. Até parece que o amor se apaga.
Ele queria mais dela. Ela queria mais dele.
Ela se sentiu impotente. Fraca. Inútil. Pois não conseguiu se fazer valer seus esforços perante tamanha tristeza nos olhos dele. Ele não enxergou mais futuro. Não viu mais a luz no fim do túnel. Não enxergou mais por quem se apaixonou e caía de amores. Ele vinha se decepcionando aos poucos com aquilo que ela fazia pra ele, ou não fazia. Ele perdeu o encanto. Ele não a via mais, como ela era. Porque ela não era mais ela.
Ela ainda queria acreditar que tudo fosse mentira. Que era apenas um momento ruim. Como sonhadora que era, ainda pensava que o importante era fazer diferente e não simplesmente baixar a cabeça para os descasos da vida. Que eram bem maiores que aquilo e que juntos poderiam mudar o mundo – como tanto ele o queria também. Mas ela sozinha não tinha mais forças. Como ela podia sorrir se ele continuava lá, introspectivo, cabisbaixo, cheio de angústias se questionando na vida?! Ela precisava do sorriso dele também. Aquilo que era a fonte de vida dela. A alegria dele, a vivacidade, a vontade de mudar aquele mundo e de tocar os planos. Aqueles planos... A força estava nos dois. Juntos. Dispostos. Capazes. Invencíveis. Mas ele continuou achando que ela era apenas uma sonhadora...


Wednesday, June 10, 2009

3.0 de sanIDADE

Carla de 15_

Uma jovem como tantas. Com seus medos, anseios, motivações, cheia de alegria e cheia de amigos. Não pensava em viajar para longe, porque naquela época havia de ser feita economia dos pais pra poder pagar algo tão sonhado. Não pensava que esse tipo de acontecimento fosse possível, pelo simples fato de achar complicado e de outro mundo acreditar que uma “criança” pudesse atravessar o oceano e se virar em território estrangeiro. Viagem pra Disney? No way!!! Queria festa! Que dirá o tal “baile de debutantes”. Já naquela época eu achava tudo aquilo um saco. Não me interessava em ser apresentada à sociedade. Eu parecia ter a minha própria comunidade. Aquela das amigas confidentes, descobrindo o mundo juntas.

Ia a algumas festas de garagem, ou na sala da casa das amigas. Era o início da paqueras, porém nada sério e muito menos perto disso. Eu estava preocupada com o peso, me preocupava o que vinha pela frente no 2° grau da escola, começava a pensar no que poderia querer pra vida – o que eu quero ser quando crescer?

Fazia muita graça, mas ainda assim me sentia um pouco sem sal. Nada mais atraía aos outros do que a graça da menina, não a graça DE menina. Era breguinha, hoje penso, como pude sair de casa daquele jeito! God!!! Mas estava crescendo, tadinha... Meu mundo era a escola, os clubes, meu desenvolvimento como atleta – adorava vôlei – me sentia o máximo participando do meu treino normal e logo depois no das gurias maiores. Uau! Me metia até nos treinos das veteranas do Corinthians, onde minha mãe jogava. O fato é que alí eu me achava melhor. Podia estar entre as grandes também.

Era um tanto quanto submissa. Pros amigos eu sempre fui muito mais do que pra mim mesma. Certas vezes me arrependo, mas por outras sei que conquistei pessoas pro resto da vida.


Carla de 20_

Um pouco mais desinibida e curiosa, aos 20 eu comecei a viver e experimentar de tudo o que a juventude dos anos 80 poderia oferecer. Eram gostos, cheiros, sensações intensas. De tudo foi aprendizado, vivência e experiência. Foram os primeiros e memoráveis anos de faculdade – os melhores da vida – conhecendo gente de todo o tipo e com todos os jeitos. Um mundo complemente novo.

Lembro bem o que mais me chamou a atenção logo que mergulhei nesse universo. Guris x gurias não existia mais. Não havia mais a Guerra dos sexos que havia nos tempos de escola. Havia uma harmonia quase que perfeita entre ambos. Sem nenhum problema (a não ser até aquele momento na minha cabeça), o clube do bolinha e da luluzinha quase que não existia mais; todos conviviam e nem sempre precisava haver interesse sexual entre as partes (ou pelo menos eu era tonga demais pra não perceber). Mas enfim, era harmonioso. Quebrou um tabu na minha cabeça e achei ótimo reconhecer isso. Era uma sensação de liberdade e satisfação, todos éramos iguais.

Houveram mudanças radicais depois disso tudo, digo, do crescimento precosse. De uma hora para outra eu despertei do marasmo (sem arrependimentos) e resolvi sair um pouco da linha. Assustou a mim e aos meus pais num primeiro momento, mas não deixei escapar essa linha por entre os dedos. Apenas admiti os erros e os acertos como aprendizado e somei o bom pro meu crescimento e formação. Além de crescer, eu felizmente aprendi a aparecer.


Carla de 30_

Muito mais madura, porém consciente de que ainda tem muito o que acertar. Às vezes nem dá para acreditar que a vida era assim ou assado. A verdade é que tenho muito orgulho da geração a qual pertenço.

Me vejo crescida, independente em muitos pontos, mas frágil para outros tantos. Aprendi a lidar com as coisas sozinha – claro que depois de muitas aulas com os pais -, mas mais que isso, conquistar e dar valor pro que foi adquiro com esforço, dedicação e desempenho. O meu nível de exigência é proporcional aos anos que envelhecemos. Hoje sou tri chata quando as coisas não saem do meu jeito, ou pelo menos da forma que acho correta. Procuro a minha perfeição em todos os atos mesmo às vezes esquecendo que sou um ser humano. Sonho e busco a simplicidade, mesmo que às vezes à desejo perfeita também.

Quero a estabilidade, quero segurança e reconhecimento. Quero o mundo de volta, mas por certas vezes tenho medo do que ele pode me tirar. Já não anseio muito arriscar o incerto.

Por muitas vezes me sinto plena. Já tive a oportunidade maravilhosa de conhecer lindos lugares do mundo, já tive meu primeiro carro, já tenho meu próprio apartamento (quitado), já perdi o medo de moto e já comprei uma também. Tenho um namorado perfeito, não me interessa se não parecer para os outros, interessa que pra mim ele seja assim. Na conquista das pequenas coisas de uma forma tão gostosa, e tão natural sinto que a plenitude vem (também) de fora pra dentro. Amando e sendo amada, tendo com quem dividir toda essa felicidade conquistada e sentindo que ainda não perdi àquela graça.

Quero continuar amando muito, mas tenho plena consciência de que não posso viver só disso. Não quero deixar que o tempo e a responsabilidade que cai sob meus ombros me tire a alegria. Que o mesmo light que ponho no meu café da manhã, perdure pro restante do dia me trazendo brisas leves e resultados positivos do que é proposto pra vida.


Carla de 40_

Se Deus quiser, bem sucedida e tendo ao lado quem eu amo.

Bem menos preocupada com os medos do passado, mas preocupada em dar bons exemplos e quem sabe servir de guia, como mulher ou como profissional.

Talvez perturbada com o medo de ficar sozinha e o futuro prometido nos 30 fique perdido no espaço. Que a casa seja a casa dos sonhos, ou próxima disso. Talvez com filhos, talvez com cachorros e talvez viajando pelo mundo novamente.

Uma pitada de novo mundo também seria legal. Modernindade por todos os lados e eu podendo usufruir disso tudo num simples soar da voz, que tal?! Acho que não estamos mais tão longe disso. Quem sabe?!

Desejo que não me sumam os amigos e que a mim eles recordem e procurem. Que meus pais e irmãos estejam bem de saúde, corpo e mente sãos. E que eu possa (ainda) reclamar de cansaço, mas apenas por (ainda) trabalhar demais. Sempre em atividade.


O resultado da sanIDADE dos 30_

É chegado o tempo em que acabaram os ensaios para ser grande. Está mais do que na hora de simplesmente SER grande.

Não se espera mais mudar o mundo, porque felizmente já o fizemos no nosso saudoso tempo dos 20. Da sua melhor ou pior maneira que pudemos, nós já demos o jeitinho de projetar o nosso destino. O hoje é o resultado do que plantamos na nossa juventude. O dia de hoje nos faz muito mais fortes e decididos sobre os rumos que almejamos pras nossas vidas. Independentes e seguros de si. Embora não sejamos mais tão rebeldes, já não admitimos seguir os mesmos passos dos que já passaram. De tão fortes e crescidos, já somos donos do nosso caminho.

A busca incessante pela realização, pela aquisição e pela felicidade continua. Agora mais sana, mais real.

Não culpo as rugas que me surgem tímidas na face. Não me arrependo das coisas pelas quais já passei. Sinto apenas que fui justa com a minha vida, assim como havia de ser. Só assim me tornei o que sou hoje… uma mulher com o coração cheio e com toda lenha pra queimar!

Hoje faço 30 anos, muito feliz, obrigada;)

Bjus e +,

Carlinha*

Thursday, March 26, 2009

Oi gente! Quanto tempo né?!
Putz, não fiquem de mal comigo, mas realmente depois que voltei ao Brasil as coisas ficaram muito mais corridas do que nunca. Aqui a gente literalmente tem que correr contra o tempo, correr atrás das coisas, e para que elas aconteçam, a gente tem que dar quase o sangue. Nada vem de graça. Tô sentindo uma falta enorme de conversar (ou pelo menos colocar pra fora) um pouco de tudo aquilo que tenho vivido aqui na terrinha. Prometo que em breve farei um descritivo disso, pois tem bastante coisa que já passou nestes últimos 6 meses. Humpf, enfim... vamos ao que interessa.

Só pra vcs terem uma idéia, esse texto eu escrevi em 08 de março, em uma noite de insônia. Não deu pra postar logo que saiu do forno, mas aqui está... guardei e tô compartilhando mais uma vez com vocês. Espero que gostem, ou pelo menos reflitam. Bora lá!

**
Essa tal da modernidade (bem gaúcha né?) é realmente algo absurdo de tão viciosa e contaminante. Por menos que você queira se envolver com essa função toda das "novas mídias", hoje em dia se tu não tens um e-mail por exemplo, é praticamente como se tu não tivesse nem uma identidade completa. Às vezes tem gente que até tenta fugir dessa maluquice tecnológica pra não se comprometer com um temido ou hipotético vício que ela possa causar, mas não há como negar a existência e a exigência do mundo moderno; pra que tu se depare com o novo e reconheça que ele é sim um "mal necessário". Outras vezes isso tudo poder ser taxado como um universo impessoal e mecânico, mas como tudo na vida, esse mundo também mostra seus dois lados da moeda. Sempre tem o lado bom pra ser pensado.

Dizendo isso, entro no maravilhoso mundo da foto digital. Hoje temos câmeras já embutidas no computador, temos câmeras compactas e que cabem na palma da mão, temos nos celulares (que convenhamos, hoje também extrapolam os limites da ciência de que dois corpos não podem ocupar o mesmo lugar no espaço, ao mesmo tempo - tem tuuuuuuuuuudo dentro do mesmo aparelhinho!!!!), temos câmeras de todas as formas e capacidades. Daqui a pouco viraremos James Bond, usando câmeras embutidas nos relógios, solas de sapato, abotoaduras de paletó, um infinito mundo de possibilidades, vai do gosto de cada um. O lance é que, com isso tudo à nossa volta, quase não há momento algum que possa ser passado em branco sem um flash pra registrar. E tem mais, provavelmente você não tenha nenhum interesse em levar mais uma "tralha" dessas (a câmera) na bolsa, no bolso, pra "caso precise", ou mesmo que você não faça o esforço de sacar da mochila, quando em viagens, porque a máquina está lá no fundo, escondida; hoje mais do que nunca, e muito provavelmente, já vai aparecer alguma pessoa bem faceira te tocando no ombro e pedindo "oi, desculpa, será que tu pode tirar uma foto da gente?". Isso é batata, pode ter certeza! Tu pode até nem usar a tua, mas pode muito bem usar a de alguém pra tirar uma fotinho! Depois vem o resultado. Muitos megabytes, superlotação no HD, centenas de fotos, dezenas desconexas, algumas repetidas, outras tantas desfocadas e aquelas que vão pro "orkut", o orgulho da(o) fotógrafa(o) ;) Mil e uma poses, focos, caras e bocas que a partir daquele momento ficam deslocando-se no tempo e no espaço numa simplicidade absurda. Tudo se tornou possível.

Disceminadas através dos blogs, fotologs, perfis públicos e sites de relacionamentos, as pessoas começaram a literalmente mostrar a cara. Em todos estes meios nós mesmos tiramos as máscaras da vergonha e fazemos questão de mostrar ao mundo todos os nossos estados de espírito. Essas imagens passam a ser referência de momentos que foram especiais de alguma forma, e só alí, naquela janela em específico, todos conseguem ver à todos em todos os lugares e de todas as formas (mesmo que isso se torne redundante e repetitivo).
Como já se disse muito por aí, as imagens valem por mil palavras, não é verdade? Elas simplesmente revelam o que aconteceu, como e quando, projetando quase que sem querer uma tendência unânime, porque todo mundo ou já foi ou um dia ainda será fotografado digitalmente.

Outro caso curioso, esses tempos fui ao show da Alanis Morissette (faaaaaaaz tempo) em POA. Momento único! Showzaço e extremamente surpreendente pela quantidade de câmeras digitais e celulares tirando fotos da cantora. Aí, como eu sou pequenininha, na minha volta e é claro, bem na minha frente, haviam centenas de braços esticados, cada um com uma câmera ou celular na mira de qualquer (todos) os movimentos do show. Juro por Deus, se a Alanis estivesse fazendo teatro (onde normalmente são proibidos os flashes e celulares) a loca caía do palco porque ia "tontiar" com tanta luz piscando. Eram fotos e vídeos incessantes, e eu é claro, fazia parte do clube, pois se não fosse dessa maneira, não teria conseguido ver os detalhes do show. Muita coisa só consegui ver depois que assisti o que gravei do espetáculo, o restante ficou por conta dos ouvidos e da imaginação ao escutar os momentos de empolgação do público.


O interessante dessa febre tão marcante é a empolgação. Pra ser bem direta nisso, a empolgação se escancara quando a "marvada" da câmera digital vai pras festas. Se ela já está lá, na mão do profissional, o resultado vai talvez aparecer no jornal, dá foto comportada. Mas se ela vai na carona das nossas bolsas e bolsos, no embarque do "eu bebo e tiro foto", aí já viram o resultado. Esse é o maior momento! O maior número de fotos por gole ingerido. Fazemos pose, tiramos foto, não ficou legal, tiramos outra; sorriu, piscou, mostrou a língua, fez biquinho, tirou mais um monte e só termina se acaba a bateria. De cima ou debaixo, com todos ou solito(a) a coisa vai indo, vai indo que só no dia seguinte que se vê o resultado... 104 fotos em 4horas de balada e haaaaaja memory stick.

É, essas tais novas mídias são no mínimo brinquedinhos divertidos pra quem curte a onda de fotografar para marcar. Lugares, pessoas, momentos que vão sendo registrados a todo instante, e que graças a essa tecnologia moderna, podemos usufruir desses momentos por uma vida toda... bem vivos.

Um brinde! - Hey, alguém tira uma foto nossa ae? - um brinde aqui, à banalização da foto digital... xxxxxxxxxxxs!!!


Bjus e +
Carlinha*

Tuesday, September 30, 2008

O que a Suíça me ensinou?

Não sei quanto à maioria de vocês que possuem algum blog, mas têm certas vezes que fica bem complicado começar um novo post. Ainda mais quando se trata do último... daqui. Como já citei diversas vezes, nos dias em que me sinto inspirada, normalmente a cabeça fica tão cheia de idéias, que as coisas não saem direitinho. Daí no final das contas, quem entende o post sou só eu, a única. Tudo fica uma bagunça, a gente escreve tudo o que tá lembrando na hora e vai virando um emaranhado de histórias que ninguém mais entende. Às vezes nem eu mesma.

Pooooor causa disso, ontem resolvi respirar e nem escrever nada. Por mais que estivesse sido inspirada por um filminho muito fofo que assisti a noite (Purple Violets - não sei o nome em português), resolvi só escrever no dia seguinte mesmo. Quem sabe hoje a coisas se tornem um pouco mais "entendíveis".

Voilà, o que eu tenho pra dizer de cara, pra não enrrolar ninguém mesmo, é que estou retornando ao Brasil. Não, não são novas férias, mas sim, estou voltando de mala (e a cuia já foi pela mudança na semana passada) para Sta Cruz, Rio Grande do Sul, Brasil ;)

Um ano. Foi um ano que vôou assim como eu por ele. Um ano vivendo longe de casa (bem longe de casa) e encarando vários desafios que não vou esquecer jamais na vida. Mudança de país, de estado de espírito, de atmosfera, de costumes, de língua. Um ano repleto de viagens, novos ambientes, novas culturas, novas pessoas, conhecidos, colegas, amigos, uma nova família.

Talvez a mudança que está voltando (digo a mudança em seu estado físico mesmo, minhas tralhas pra melhor entender) seja um pouco mais pesada, não por causa das muambas que a gente acaba comprando (pq nos estrangeiro é mais barato), mas porque a carga de histórias, de lembranças e de conhecimentos adquiridos aqui, foram mais do que eu pude trazer. As malas já não vão só abarrotadas de roupas, souvenirs ou chocolates de presente. As malas vão com marcas dessa nova página na história da minha vida. Vão com os ares de um velho mundo, que um pouco mais foi descoberto por esses olhos curiosos. Assim como as malas, as roupas e os souvenirs, tudo vai agora com um peso a mais de estória, de conhecimento e uma pitada de nostalgia. O orgulho conquistado transborda de uma forma boa e não esnobe. Pois a oportunidade foi aproveitada e agora vou ter ainda mais histórias pra contar.

O que a Suíça me ensinou?
Vamos por partes: Ela me ensinou o que é sair da zona de conforto (como já diria meu chefe) pra dar a cara a bater e ver como esse ser humano se comporta. Estar na vitrine de uma CIA Internacional e aprender entre os erros e acertos a valorização do trabalho e tudo aquilo que ele pode proporcionar. Entre o dinheiro adquirido e as despesas bem distribuídas o que é prioridade e importante pro crescimento e desenvolvimento próprio.

Aprender mais do que nunca o que é viver em meio à diversidade cultural. Entender e saber distinguir o caminho certo do errado. Estudar o que é possível agora e o que será possível pro futuro. Pois sempre é possível, sempre existe um caminho. Nada é impossível até que alguém duvide muito e prove o contrário.

A Suíça me acostumou mal tb. Claro, diferente do nosso país, aqui as coisas funcionam muito bem (como já comentei em outros posts). O transporte público por exemplo, é algo que vai me deixar esse sentimento forte e certamente saudoso rsrsrsrsrsr. Aiiiii que não consigo nem imaginar ter que pegar um buzum em Sta Cruz e nem saber ao certo pra onde ele vai, sendo que provavelmente nem saberei também onde pegá-lo primeiro. As placas de sinalização (pra qlqr coisa), o barulho (ou a falta dele), a faixa de segurança (por favor gente, pro pessoal que vai continuar na Suíça por mais tempo, qdo forem ao Brasil, POR FAVOR OLHEM PARA OS DOIS LADOS ANTES DE ATRAVESSAR A RUA!!!!!!!!). Definitivamente eles não páram pra ti passar!!!

O "sac de papier" do supermercado, os iogurtes com polpa, o leite de consistência, as orelhinhas de macaco fresquinhas (bolachinhas ótimas pra comer tomando chimarrão), os pães, os tênis, a calefação, a máquina de lavar louças, a água quentinha pra lavar o rosto no inverno, até os carros "de hobby tipo ferraris e porches" passeando pela rua em frente ao apto nos finais de semana, os turistas japonezes por tuuuuuuuuuuuudo, as velas, a IKEA, a H&M, os vinhos, os queijos... os CHOCOLAAAAAAAAATES!!! Tantas, tantas, tantas outras coisinhas das quais vou sentir saudades.

A saudade que não vai ser tão grande qto à das pessoas que conheci, encontrei ou reencontrei por estas bandas de cá. Os meus novos conhecidos, os novos colegas, os novos amigos, a nova família. Viver assim longe de tudo e de todos (que também éramos acostumados a conviver no Brasil), aqui tornaram-se parte da minha vida tb. Aquela história de que tu deves conhecer muitos anos uma pessoa, pra que ela seja tua amiga de confidências e de todas as horas, não precisa ser regra. Aqui não é mesmo. É surpreendente pra gente se dar conta de que as pessoas simplesmente entram na tua vida e dificilmente saem se tu não permite. A necessidade da presença constante, da festa ou da parceria pra uma caminhada no final da tarde é um presente!

A gente acaba descobrindo que mesmo nem conhecendo tanto assim essa pessoa (por anos a fio), a convivência e a troca dessa amizade e afeto se extende entre todos de uma forma muito bacana. A gente se surpreende, pois são quebrados paradigmas de que Alemão é grosso, cara fechada e gosta mesmo é de beber. Que Argentinos só pensam na rivalidade do futebol. Que Italianos falam alto e gesticulam o tempo todo. Que Portugueses são burros e tb não haveriam de contar piadinhas sobre Brasileiros. Que Brasileiros só são pretos e têm sobrenome Silva, Oliveira, Santos... E que além, muito além de tudo isso, a gente aprende que cariocas, gaúchos, paulistas, paranaenses + essa miscigenação toda à volta dá certo sim! ;)

Nesse um ano, me surpreendi com muito e hoje vejo com outros olhos o que é essa coisa de MUNDO. As culturas, as trocas, os aprendizados... as surpresas.

Vou sentir falta sim. Vou sentir saudade disso tudo e dessas pessoas todas q passaram pela minha vida e por elas também passei. Vai ficar na memória, vão ficar nas fotos, ficarão nos e-mails, nos Orkuts, nos sites, nas histórias de cada um... vão ficar no coração.

Obrigada Europa, obrigada vida, obrigada galera, obrigada família! Jamais esquecerei o que a Suíça me ensinou ;)

Mais notícias, only from Brazil!!!

Bjus e +,
Carlinha*















Thursday, September 4, 2008

A felicidade em dois estágios

Estágio 1

Quem é que odiava gente feliz??

Pois é, me redimindo até as últimas instâncias eu confesso que sempre falei (e muito) essa frase aí de cima. Como pode? Podendo! Na verdade pra tudo existe explicação e nada melhor do que uma outra frase desse tipo pra definir que as coisas realmente mudam - o mundo dá voltas! ;)

Amores da minha vida, vou começar avisando que o post de hoje vai ser babado, meloso e estúpidamente fofo (se é que fofo pode ser estúpido ao mesmo tempo, mas deixa assim rsrsrs). Quem não estiver a fim ou curioso o suficiente, nem precisa seguir adiante. A minha declaração de hoje é simplesmente essa: SOU UMA PESSOA FELIZ!!! ;)

Como muitos de vcs já devem saber, do dia 22 ao dia 31 de agosto eu estive novamente em férias no Brasil. Ai chique!! rsrsrsrs Uma semanitcha corrida como da outra vez, mas completamente melhor, por vários motivos. Eu ia fazer a loucura de viajar na quarta, dia 27, pra chegar na quinta e voltar de novo no dia 31, ficando basicamente 2 dos 4 dias no ar (viajando e se estressando nos aeroportos da vida). Daí analisei né, no way!! Então pensei bem e tomei a melhor decisão. Adiantei um pouquinho e me fui no sábado anterior, garantir que minha estada lá se resumisse em não ir em nenhum médico, nenhum dentista, nenhum banco, mas só curtir a terrinha, a minha família, os meus amigos e meu námor, praticamente o maior responsável pela minha ida pra lá (mamis and friends, não fiquem com ciúmes tá? Tb amo vcs) ;op

Assim... desde que coloquei meus pés no meu Rio Grande amado, já me afrouxaram as perninhas. Meu námor me buscando no aero, chimarão novinho, NOVINHOOOOO na viagem pra Sta, muitos carinhos e beijos + aquele céu azul com sol brilhando de tão lindo. Ahhhh nada igual tem cá. Parecia o presságio das férias perfeitas. E foram!

Jantinha na casa do Pinto com a galera em peso logo de chegada, entrando de sola e pegando alguns de surpresa. Pessoas que até então tb nem conhecia, mas q já me encantaram de primeira. Folia em meio ao jet lag inevitável da viagem longa. Ver gente q me faz falta, q me dá prazer em rever e saber como andam, gente que lembra de tempos atrás o que fazíamos na época de faculdade, escola ou pelas ruas. Encontros ocasionais e até surpresas. Tarde de shopping com a melhor amiga, que além de ser minha personal stylist, sempre é uma CIA perfeita pra tirar foto de bobagem e brincar de inventar uma nova vida e passar o tempo. No passeio de canto de olho ao reconhecer alguém na rua, ou parada num café pra bater um papo e falar como andam as coisas por lá, por cá ou acolá. Tudo muito gostoso como só lá me delicío.

Tá, tb confesso que às vezes o papo do "como que tá lá? quando tu volta? vai ficar lá pra sempre?" é um pouco massante e quase sempre é inevitável que essas sejam as primeiras indagações. A meleca é que essa resposta eu ainda não tenho, então eu penso, enqto to podendo ir e vir (mesmo que rapidinho) é mais do que oportuno aproveitar pra renovar as baterias e acalentar o coração da saudade. Ah, e como isso tudo tem um significado especial pra mim. Nossa!

Eu me deleito em coisas boas e só elas q somo à minha vida. Eu sempre chorei muito e me sentia uma pessoa carente de muita coisa por me menosprezar em momentos de angústia. Coisas de adolescente talvez, depressãozinha de razões bobas ou mesmo de uma menina/mulher se vendo frente à milhares de novas experiências na vida e se assustando com elas. Tudo isso foi pro espaço nesse momento. Só me senti eu e cada vez mais eu, só que muito mais forte e segura. Feliz, leve, amando, sendo companheira, ouvinte, parceira, filha, amiga e mulher...

(agora começa realmente o "mela cueca" rsrsrsrsrs)

Estágio 2

E num “pequeno” resumo dessa tal felicidade, relato assim...

Tudo começou há dois anos atrás... qdo de repente e não mais que de repente o mês do cachorro louco mudou a minha vida do avesso. Depois de muitas incertezas, choros, desilusões e medos, abstraí e filtrei apenas a parte boa de um relacionamento por muitos desacreditado.

Nunca tentei provar nada pra ninguém e somando apenas o que tinha de bom em ambos, crescendo sempre com tudo o que acontecia, eis que chegamos a um ponto alto de felicidade.
Isso talvez possa ter mil e um significados, talvez borboletas no estômago, íman do amor, reciprocidade mútua ou destino. Sei lá... só sei que me encontro num estado de espírito insuportavelmente feliz. Boba e chorosa (de alegria e orgulho) por estar simplesmente vivendo a melhor fase da vida.

Enfim uma união saudável e consciente de duas pessoas que aprenderam juntas a se conhecer, a se respeitar e se amar. Nada é perfeito, como tb não foi... pq óbvio que a gente ia brigar um pouquinho rsrsrsrs (a pimentinha). Porém nada também tão grande o suficiente pra estragar o momento mágico que foi a formatura do Jan, a festa, a presença dos pais, amigos e o nosso saudoso reencontro.

Juro que queria escrever pouco (ou talvez mais), mas melhor, muito melhor. Contudo, não há como descrever a felicidade que sinto. Não tenho como contar em poucas linhas tudo o que passei e vivi nessa última semana. Das coisas que ouvi desse meu zaponezinho fofo, das coisas que falei, das coisas que senti e da intensidade de tudo isso. Meu príncipe torto estava o máximo. Completo e perfeito. Merecedor de tudo que vem conquistando. Me sinti orgulhosa de estar ao lado dele e isso foi maior do que qlqr elogio que eu pude receber. O brilho que viram em mim, era simplesmente o reflexo dessa pessoa que me faz bem. De perto e de longe, muito bem.

Sou uma fã, uma apaixonada, uma pessoa que, enfim, está vivendo um amor sob todos os prismas. Estava linda sim, e obrigada por todos os elogios que recebi e venho recebendo (depois q divulgo faceira aos 4 ventos as fotos tiradas aí). Tudo isso tem significado, e como já disse antes, tudo isso tem explicação... a família feliz, o trabalho rendendo, os amigos por perto e um grande amor vivendo.

Resumindo...

“a felicidade não tem muito sentido quando não se tem com quem compartilhar”. Mas eu tenho!!!
Do filme Natureza Selvagem

Bjus e +,
Carlinha* (a Ruiva mais insuportavelmente feliz já existente... we are grrrrrrreat!)

Thursday, August 21, 2008

Bateria velha? Só falta de recarga.

Uau, viram só, praticamente só dois meses depois do último post é que eu resolvi aparecer aqui novamente. Caraca! Isso tem que ter uma explicação né, pois bem, vamos a ela;

Não sei quanto a vocês, mas pra mim é batata, chega a metade do ano, passando um pouco julho e agosto, minha bateria arria, plóft! Como? Pq? Tuuuuuudo tem explicação. A minha vontade (em termos gerais) é tanta, que nem mesmo arrancar as orelhas das páginas da agenda eu arranco. São páginas e páginas "orelhudas" e praticamente em branco. Esses dias mesmo a Carin (mamis swiss) me perguntou se eu usava agenda. Disse pra ela - bah, claro que uso, tá aqui ó! - fui olhar... lamentável. Páginas e páginas em branco, nem diário (como costumava ser na juventude) ele hoje serve. Só páginas em branco. Daí vem a pergunta: mas tu não tem o que fazer hein? Pior que tenho e bastante, mas basicamente aqui não tenho conta pra pagar, não preciso anotar dia de vencimento, fatura de cartão de crédito, aniversário dos amigos (o orkut lembra a gente, e isso se olha todos os dias), telefones importantes (celular serve pra quê??), etc, etc, etc. A minha agenda (como a de muitos também, acredito eu) ficam no vazio qdo passa por essa fase de preguiça, bateria fraca, "desmotivação" pra certas ações do cotidiano. É ridículo ver isso acontecendo e ainda concordar, mas a verdade é que isso realmente acontece. A força parece q acaba (novamente retifico; é pra certas coisas) e a gente começa a ficar a pessoa mais "lerda" da face da terra. Aqui ainda é pior, pq tu não precisa de tanto pique, agora então, já se começa a esperar o inverno, aí já imagina o que vira isso tudo, pior ainda!!

Depois de dois meses já fiz outras viagens, vivi novas aventuras e experiências, mas vcs por acaso souberam disso por aqui?? Óbvio q não, eu não tive saco pra escrever e descrever o que se passou. Perdi o pique, perdi o momento da explicação, o tempo passou e o momento já não é mais agora. Dessa forma também percebo o quanto tô ficando velha! É sim, e mais que isso tô ficando exigente e rabujenta (praaaaaaaa certas coisas...), não sou capaz nem mais curtir parque de diversões por exemplo. Sim, talvez olhando a alegria das pessoas ou as mil e uma faces de medo delas pela adrenalina causada nos brinquedos, mas não consigo me divertir em montanha russa. Como bem me contaram, que o Maro já disse na experiência dele com esse brinquedinho, assino embaixo - "como se divertir sentindo medo? eu não me divirto assim"... tentei e foi a primeira e última (Europa Park com a galera). Não nasci pra essas coisas!! Preferi fazer programa paralelo (de criança) e olhar filminho 4D, trem fantasma, caminhada sem destino. Apesar de achar tudo o máximo e diferente, pensava... mas como cansa né? Valha-me Deus!!! Quem sou eu?? rsrsrsrsr

O que falar do pique pra balada? Não é o mesmo, definitivamente não. Qdo bate 23h é hora de correr pra pegar o buzum e em casa enqto o olho pisca pra se manter acordado a cabeça pensa q já é alta madrugada. Da onde?? 23h caramba!!! O que é isso? Preciso de uma recarga urgente!! Sabe o que? BRASIL!!!!!

Um pouquinho de ar fresco e úmido dos pampas só pode fazer bem... e é pra lá que vou. Vou buscar minha recarga, vou aliviar minha saudade, vou dar um tempo pra cabeça daqui e viver com a cabeça de lá. É muito bom poder recarregar a bateria. Renovando o ambiente e retomando bons fluídos. De velho, já chega o mundo de cá... não quero ser engolida por essa atmosfera pacata. Preciso de novo do movimento do país tropical e dessa energia pra alimentar minha barrinha. Não pretendo chegar ao final do ano com as páginas da minha agenda ainda em branco, ou meus posts aqui cada vez mais escassos. Eu só passei dois meses da metade do ano, ainda tem muito chão pela frente e ainda tem energia pra gastar, nem q seja na prorrogação!!

Bjus e +
Carlinha*

Monday, June 30, 2008

Uma overdose Londrina

Well well I am back!

Já tem um tempinho que passiei pelos lados de lá. Londres, mais uma parte glamourosa e conturbada que o velho mundo apresenta.

Vou começar contando pra vocês uma coisa um tanto quanto insana, mas a minha inspiração veio de tanto acompanhar a vida e "quase morte" da seqüelada da Amy. Sim, ela mesma, Amy Winehouse. De novo! Acreditem se quiser, mas atualmente essa figura é o ponto predominante dessa overdose Londrina (literalmente) que invadiu minha vida.

Não que o assunto seja ela (totalmente ela), não. Mas ela me inspirou pra contar um pouco de Londres, das coisas que acontecem em Londres, das situações e lembranças que ficaram de lá. O quanto isso tudo impactou (ou que pelo menos veio de encontro) com o que tenho vivido ultimamente. Coisa loca, eu sei, mas antes de mais nada, quero que fique claro pra TODO MUNDO que eu não ando seqüelada, nem pretendo ficar viu rsrsrsrsrs... é que a maluca é Londrina, gosto dela apesar dos pesares e ela faz parte dessa massa extravagante que vi por lá. Uma atmosfera completamente diferente de tudo o que já pude ver por aqui. Me encantou de uma forma diferente. E mais, me fez "viver" um pouco mais daquele lugar
do que nenhum outro e onde quer que eu esteja. Simplesmente pq em dois dias e meio eu percorri boa parte daquela cidade, como se descobrisse uma nova e totalmente diference cidade dentro dela mesma. Pode? Londres pode! E como diria a Fê (uma das amigas que reencontrei) Londres pode tudo!!!

Uma cidade grande, pra-frentéx como qualquer capital do mundo (normalmente é), cheia de oportunidades, diversidades, quantidades, qualidades, gostos, cheiros, jeitos, tudo. E ninguém tá nem aí, ou melhor, todos estão aí. Ligados, correndo o tempo todo, contra o tempo ou a favor dele mesmo. Buscando, lutando, jogando o jogo da vida do jeito que a vida se apresenta. Todas as cores do mundo e todo o mundo num lugar só. Eu embasbaquei!! Oxford Street, Picadilly, Soho, Brick Lane, Nothing Hill, Camden Town, cada um desses lugares são completamente diferentes um do outro. E sei que ainda tinha muito mais, imagina? Quase que dava pra ficar por lá se não fosse a careza das libras e o "cockney" dos ingleses. Eita lingüinha mais complicada de se entender. Eles tem um accent bem medonho, valha-me Nossa Senhora! %$*&#@ ;op tipo assim, me vê uma pint e bora lá! Eu bebo e falo inglês.
Eu hein! rsrsrsrs

Sabem, uma das coisas que mais comentei e vi mesmo pra crer, é que Londres é a nova terra das oportunidades. A galera cai de pára-quedas mesmo e vai fazendo a vida. Tem espaço pra muita gente, já tem muita gente, mas sempre se precisa de mais. Seja pra dar uma de garçonete e ter que aturar criança indiana indecisa na escolha do sorvete ou ser simplesmente uma prestadora de serviços esdrúxulos, mas enfim, paga bem e com isso pode ir fazendo um pé de meia. Ou ainda tem a oportunidade de ver um mega show, visitar países vizinhos (tipo assim), gastar tudo em gandaia mesmo, mas que aiiiiiinda sobra pra fazer um curso de design que deve ser tudo de bom. Ah... tem muita coisa e sempre parece surgir um jeito pra tudo!

Os artistas de rua (pichadores) fazem obras de arte nas paredes dos prédios públicos (Banksy). Os outros "palhaços" de rua, fazem loucuras pra chamar a atenção da platéia, mas muito certamente tb passam horas treinando em casa pra agradar com um novo número. Dá-se a cara pra bater. Se cai de boca, se joga e tenta a sorte! Corajosos esses que escolhem tal "incerta liberdade". A história e o conhecimento tb andam juntinhos. A cidade já é um museu a céu aberto. Tem História, tem marcas do tempo. O ontem e o hoje estão à menos de 100 passos. Multidões que correm e tu admirada pq não sabe onde vão. Quem são? Londrinos? Não!! São gente do mundo tb, todos querendo seu espaço na terra do nunca... ou talvez do sempre. Quem vai não quer voltar, tem gente que vai e nunca mais volta, sei lá eu o que acontece, mas acontece de tudo. Se quiseres comprar alguma coisa, tem! Nem que tu compre errado (tipo eu), mas pelo menos tinha até um parecido. hahahaha tuuuuuuuuuudo bem de tuuuuuuuuuuuudo tem!

Talvez descrevendo assim, não façam uma idéia leal do que aquilo pode ser. Mas que certamente te toca de uma forma diferente, isso podem ter certeza. É encantador e ao mesmo tempo assombroso. Me deu medo e ansiedade. Mas a sensação foi ótima. Não foi o tempo cinza ou o vento cortando a alma (em cima do buzum de turismo, sem sol é f* andar perto do Thames) que fez brilhar menos os meus olhos curiosos. O que estava ao meu alcance de achar e conhecer eu me permiti buscar. Algumas decepções são até esperadas (como consolo), mas outras tantas descobertas são muito mais extasiantes. E é simplesmente por isso e por tuuuuuudo isso que eu curti o place!

Assim, voltei de lá mais turbinada em conhecer o que conheci e o que vivenciei. Por isso muita Amy, muita Madonna, muito "cockney", muito Banksy, muito Londres. Por isso continuar acompanhando The Sun, The Mirror e tudo mais. Por isso que confesso estar um tanto quando addicted por Londres ou pelas coisas que acontecem lá. Pelo menos assim eu entendo pq a Amy tá (ou é) desse jeito! rsrsrsrs Pelo menos!

Bjus e +,
Carlinha*