Friday, January 18, 2008

Coisinha danada

Quase 20 dias após o ano novo, voltei pra colocar pra fora algumas coisas. Na verdade esse daqui sempre foi meu meio de canalizar todo o tipo de emoção e situação pela qual eu passo. Eu só divido…

A minha ausência aqui por uns tempos, foi por uma série de coisas. Coisas tristes na verdade, mas agora não vem ao caso e não é pra chorar (mais) pitangas por isso. Não andei bem é fato, mas agora já to tomando meu rumo de novo, aos pouquinhos, copo por copo, não tomo tudo no gut rsrsrsrs, brincadeiraaaaa!! Como disse, eu divido.
Eeeeee, como o assunto é colocar pra fora, vou direto ao ponto que mais tá machucando (por assim dizer). Ah, mas ó… antes de mais nada, já aviso que pode dar chororô, pq o negócio é punk mesmo.

Não vou medir as palavras, pq até consegui segurar isso por bastante tempo. Eu, que sou uma pessoa mega sensível, uma guria que exala sentimento pelos poros, chora ao ver gol do time preferido, por um bichinho sendo judiado, por um velhinho sendo maltratado ou por um beiliscão bem merecido. Eu, que tanto penso e tanto falo, tanto sinto e agora tão pouco tenho, me segurei há tempos pra falar do quanto bate forte esse coraçãozinho por cada um que está lendo essas linhas, hoje não vou mais hexitar. Isso tudo gente, isso tudo é SAUDADE!

Sabe, antes de voltar a escrever eu pensei muito sobre qual seria o tópico do post. Ainda mais nesses dias brabos que andei passando, uma das coisas que mais costumo fazer é pensar, pensar, pensar… mesmo que não consiga chegar a lugar algum às vezes, no meio dessa zona toda ainda RE pensei, pensei, pensei e acabei chegando na saudade.

Já se passaram 3 meses e 11 dias que vim pra Lausanne. Antes que se façam as perguntas, pelo fato de eu estar falando assim ou assado, cheia de nêuras e saudosismos eu lhes digo friamente: NÃO, EU NÃO ESTOU ARREPENDIDA DE TER VINDO! Mas acontece que sou um ser humano cheia de qualidades e defeitos… e embora a saudade tenha seu lado bom de lembrar de coisas que são gostosas, ela faz a gente sofrer um bocado também. É real, não tem porque esconder.

Por isso que fui atrás de respostas. O que é a saudade? No wikipédia dizia assim: Saudade é uma das palavras mais presentes na poesia de amor da língua portuguesa e também na música popular, "saudade", só conhecida em galego-português, descreve a mistura dos sentimentos de perda, distância e amor. A palavra vem do latim "solitas, solitatis" (solidão), na forma arcaica de "soedade, soidade e suidade" e sob influência de "saúde" e "saudar". Diz a lenda que foi cunhada na época dos Descobrimentos e no Brasil colônia esteve muito presente para definir a solidão dos portugueses numa terra estranha, longe de entes queridos. Define, pois, a melancolia causada pela lembrança; a mágoa que se sente pela ausência ou desaparecimento de pessoas, coisas, estados ou ações. Provém do latim "solitáte", solidão. Saudade é uma espécie de lembrança nostálgica, lembrança carinhosa de um bem especial que está ausente, acompanhado de um desejo de revê-lo ou possuí-lo. (E aqui a parte que mais gosto, pra vocês verem como sou saudosista com as coisas da minha terra) Uma única palavra para designar todas as mudanças desse sentimento é quase exclusividade do vocabulário da língua portuguesa em relação às línguas românicas; há mesmo um mito de que seja intraduzível.

Balanço a cabeça num movimento de inconformidade, porque simplesmente não dá pra traduzir isso. Eu muito bela achei apenas uma pequena definição do turbilhão de sentimentos que essa palavrinha me faz sentir. É falta, é vontade, é ausência, vazio, angústia, solidão… mas ao contrário é alegria, orgulho, desejo, pura nostalgia. Vai entender? Realmente mesmo sendo uma exclusividade da nossa lingua, nem mesmo eu compreendo seu significado por completo.

2007 já deixou saudade de muita coisa pra mim. As coisas queridas do Brasil já dão muita saudade pra mim. As coisas do meu Rio Grande então, bah tchê… nem se fala! ;) E as pessoas? E a família? E as minhas coisas? Meus gostos, meus cheiros, minhas manias… ou a mania dos outros, o jeito dos outros, a compania dos outros. Os outros!

Ainda bem que também dá pra MATAR A SAUDADE! É… também andei pensando sobre isso e li sobre isso. Realmente é outro fato. A gente é capaz de matar a saudade, mas como também podemos morrer dela. A graça nisso tudo é que a gente morre, mas mesmo assim, às vezes consegue matar ela depois de mooooorto(a) de saudade. Entende isso? Isso sim é que mata! Não conseguir ao menos saber que se terá (?) pra sempre… todas as coisas que (dela) também pertencem. Mas como já disse Cássia Eller um dia, “o pra sempre, sempre acaba”… humpf!!!

Aaaaaaaaaaaaahhhhh saudade!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaai ai ai ai saudade!
Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah saudade! EU AINDA MATO ESSA COISA!

Bjus e +
Carlinha*